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Quais os alimentos que devem ser evitados na gravidez?
VoltarUma das preocupações de toda mãe de primeira viagem (além de todas as outras que surgem com o tempo) é saber ao certo o que ela pode comer e quais os alimentos que devem ser evitados pelos riscos que oferecem à saúde e ao desenvolvimento do bebê.
E quando a gente se informa a respeito, parece até que quem é gestante tem que cortar tudo o que era acostumada a comer! Calma, não é bem assim. No Maternidade Sincera de hoje convidamos a nutricionista Raquel D’Agostini Silva para esclarecer o que realmente é contraindicado e quais alimentos que devem ter o seu consumo limitado durante a gestação.
Porque há tantas restrições alimentares durante a gravidez?
Durante a gestação devem ser tomados alguns cuidados para que não haja risco de contaminação alimentar, principalmente pelas bactérias Salmonella, Campilobacter, Escherichia Coli e Listeria e pelo protozoário chamado Toxoplasma Gondii. Esses microrganismos podem ser encontrados no solo e na água, assim como podem ser carregados por animais domésticos ou selvagens e, portanto, podem ser ingeridos ao comermos carne malpassada, por meio de alimentos contaminados com as fezes desses animais ou pelo contato da água contaminada.
Por esse motivo é recomendado que a gestante restrinja o consumo de alguns tipos de alimentos para reduzir o risco de contaminação.
Aqui vão algumas dicas:
- Não consumir queijos moles (como brie ou camembert) ou queijos coloniais produzidos de leite não pasteurizado, a menos que sejam aquecidos até ferverem por dentro. Isso ajudará a destruir qualquer bactéria prejudicial.
- Não consumir saladas cruas de restaurantes e lanchonetes. Mas isso não significa dizer que você precisa dar adeus às saladas cruas na gestação (pois elas contêm muitas fibras, vitaminas e minerais importantes para a sua saúde e a do bebê).
Para eliminar os riscos, lave todas as verduras e legumes em água corrente retirando toda e qualquer sujeira aparente, eliminando as que estiverem murchas ou estragadas, lavando folha por folha e legume por legume. Após, deixe-os de molho em solução de hipoclorito de sódio por 15 minutos (para cada litro de água utilizar uma colher de sopa de água sanitária – aquela usada para branquear roupas mesmo, só não pode ser com perfume). Sobrepor um prato por cima para que todas as verduras e legumes fiquem imersos na solução. Após, retire-os da solução e lave-os novamente em água corrente para retirar qualquer resíduo de água sanitária. Essas instruções são válidas para higienização de frutas que serão consumidas cruas ou com a casca e são recomendadas por toda a vida, não somente na gestação (#fica a dica 😉).
Se preferir, utiliza sanitizantes industrializados que podem ser adquiridos em supermercados. As instruções de uso e diluição desses sanitizantes normalmente constam no rótulo e podem variar de fabricante para fabricante.
- Não consumir carnes, ovos ou peixes crus ou malpassados. Sim, aquele ovinho com gema mole e aquela maionese caseira vão ter que esperar até você ter dado à luz. Mas não precisa passar vontade de comer maionese viu? Existem várias receitinhas que não utilizam ovo cru na receita, como exemplo a maionese de leite (ultrapasteurizado, é claro). Outra maionese permitida é aquela feita com ovos pasteurizados como aquelas industrializadas disponíveis no mercado.
Infelizmente ainda não existem substitutos para o sushi e para o churrasco malpassado, mas aguente firme! São apenas 9 meses de restrição (quando piscar, passou! ;) ).
E café? Pode? Muitas gestantes acreditam que não podem consumir nenhum alimento que contenha cafeína durante a gestação pelos riscos que a cafeína poderia trazer ao bebê. Mas essa informação não é completamente correta. Para uma mulher de 60 kg apresentar concentrações séricas de cafeína compatíveis com risco de má-formação congênita, seria necessário beber 10 a 14 xícaras de café por dia.
Entretanto, não é somente o café que contém cafeína. Outros alimentos como chás, chimarrão, refrigerante à base de cola, além de chocolate, também contêm.
Portanto, a posição da Associação Dietética Americana (ADA) é de que o consumo de cafeína na gestação não ultrapasse 300 mg/dia que podem ser calculados facilmente conforme a tabela abaixo:
Adoçantes Artificiais/Edulcorantes: O maior risco destes produtos talvez resida no consumo indiscriminado e excessivo, já que os adoçantes são vistos como produtos “saudáveis” pois “não engordam”. A indicação mais apropriada é apenas para gestantes diabéticas, em que o uso de açúcar principalmente para adoçar bebidas, pode comprometer o controle glicêmico.
As gestantes devem restringir o uso de sacarina sódica pois foi demonstrado que a placenta é permeável a ela. Os adoçantes considerados mais seguros à saúde são a sucralose (também conhecido como açúcar invertido) e o esteviosídeo que é um composto natural de uma planta chamada estévia (a única desvantagem da estévia é que ela possui um sabor mais amargo que os demais adoçantes). Lembrando que o problema reside sempre no consumo excessivo, portanto, fique atenta a outros produtos dietéticos que podem conter edulcorantes também (refrigerantes, refrescos, chocolates, sorvetes).
Moderação é a palavra-chave, sempre!
Raquel D'Agostini Silva
Nutricionista, Mestre em Fisiologia e
professora do curso de nutrição
na Anhanguera Educacional.