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Maternidade sincera - O que não me contaram sobre ser mãe?
VoltarVocê que acompanha o blog Dedeka sabe que a gente fala sobre vários assuntos que remetem à infância, ao lúdico, aos cuidados com os pequenos e por aí vai. Buscamos tratar de temas leves, que trazem sempre alguma dica ou informação útil pras mamães de primeira, segunda ou terceira viagem...
E agora, a gente dá mais um passo e lança a seção "Maternidade sincera". Uma vez por mês vamos tratar de alguns assuntos que fogem daquela idealização de que “ser mãe, é padecer no paraíso”. Há muitos momentos de dificuldades, dúvidas, frustrações e outras situações que podem e devem ser compartilhadas. E esse é um espaço para isso, onde mães, pais e especialistas falam sobre suas experiências e conhecimentos. Uma forma de mostrar que talvez, você leitora, não está sozinha.
Pra gente começar, convidamos mães com perfis e idades diferentes pra contar pra gente no maior clima de sinceridade:
“O que não me contaram sobre a experiência de ser mãe?”
“O que não me falaram sobre ser mãe? Muita coisa... mesmo! Nos três primeiros meses de gestação eu sentia muuuito sono e dores abdominais, como se alguma coisa estivesse rasgando dentro de mim. Depois, conversando com minha obstetra, descobri que meu útero estava se expandindo e que aquela dor era absolutamente normal.
E por mais que a gestação fosse planejada, tive que me adaptar às mudanças na rotina da minha vida, que sempre incluíram esportes de impacto, bebidas, comidas, saídas sem rumo e sem hora para voltar. Ou seja: não tomaria aquela cervejinha com os amigos depois do trabalho, não comeria o sushi que sempre amei e nem aquele churrasquinho mal passado que até hoje me faz salivar. Até mesmo a minha liberdade de locomoção ficou restringida, visto que tive que deixar minha moto de lado por motivos de segurança do bebê. Tinha trocado todas as minhas diversões para sentir dor e ficar em casa dormindo. Sempre ouvi das minhas amigas sobre como era maravilhoso ficar grávida e que era a melhor sensação do mundo gerar um filho. E eu me achava um ser de outro mundo por não conseguir sentir nada daquilo! Me questionei se realmente tinha tomado a decisão certa, se iria ser uma boa mãe.
Foi aí que então antes de completar as 12 semanas de gestação tive um pequeno sangramento (só depois de engravidar descobri que é muito comum aborto espontâneo neste período). Neste dia, lembro que nada mais me importava: só queria ouvir o coraçãozinho do meu pequeno e saber que tudo estava bem. Foi com o passar do tempo que entendi aquilo de amar alguém mais do que qualquer outra coisa no mundo, sem ao menos conhecer seu rostinho, sobre não se importar de abrir mão das suas necessidades para um bem maior... Ainda não tenho a gestação como a melhor coisa do mundo e talvez nunca a tenha. Mas hoje já não me questiono mais se serei uma boa mãe ou se estou fazendo a coisa certa, nem me comparo com as demais mães. Sei que estou fazendo o melhor que sei fazer, aprendendo uma coisa nova a cada dia e a amar esta nova fase da minha vida!”
Eliane Visoná, 27 semanas de gestação e futura mamãe do Pedro.
"Na verdade, me contaram mas eu não acreditava que seria tão ao pé da letra! Quando dizem que ser mãe é nunca mais estar sozinha, acredite, é a mais pura verdade! Qual mãe nunca foi ao banheiro sorrateiramente para tentar fazer o 'número dois' em paz e de repente escuta uma voz doce dizendo... "Mamãe, mamãe, onde você está?" E você, querendo aquele momento consigo mesma, responde: "No banheiro, meu filho! A mamãe precisa ficar um pouco sozinha agora..." Então ele diz que está tudo bem, deixando você convencida que está tudo sob controle. Mas não se passam 10 segundos e seu filho surge banheiro adentro, carregando alguns brinquedos e aquele sorriso! E ainda diz: "Mamãe, vou ficar brincando aqui juntinho para você não ficar triste e sozinha!" E ainda oferece segurar a sua mão para ajudar!"
Cristina Rizzotto Mittag, mãe do Matheo, 4 anos
“Ser mãe sempre foi algo que quis e programei para depois dos 30 anos de idade. Depois de 10 meses de tentativas e frustrações, tive um enjoo matinal bem diferente. Era o Didi, mandando sinais de que finalmente estava a caminho. Depois de toda a espera, ansiedade e curiosidade em ver o rostinho do bebê, é chegado o momento do nascimento. E é uma overdose de sentimentos: angústia, alegria, nervosismo, preocupação, tudo junto e misturado. Com uma recuperação um pouco difícil, meu marido foi essencial e me ajudava em tudo. Dava banho em mim, no nosso filho, ainda fazia a lida da casa e no final do dia aguentava meu choro por me sentir inútil, já que a única coisa que conseguia fazer era dar de mamar. É... ninguém me contou que o primeiro mês de maternidade seria fogo! E ninguém me falou também como acalmar soluço de bebê. Foi uma das cenas mais impactantes ver aquele pitoquinho soluçar. Parecia que o peitinho ia sair do corpo! Eu e o marido ficamos apavorados! Às 3 horas da manhã estávamos pesquisando no Google como fazer ele parar e descobrimos que a solução estava o tempo todo comigo: era só dar a ‘”teteta” para o pequeno. Depois disso, pobre “teteta”... resolvia qualquer parada... Enfim, precisamos estar abertas, aprender a aceitar ajuda e que haverá momentos de erros e de acertos. ”
Janaina Pires, mãe do Diego, 3 anos
"O que não me contaram? Não me contaram que ele poderia vir muito antes do esperado, frágil e que dependeria de muitas máquinas e pessoas estranhas pra sobreviver. O que não me contaram, foi que os 88 dias após o nascimento dele seriam os mais difíceis das nossas vidas. O que não me contaram é que tudo o que passaríamos nesses dias poriam nossa fé e crenças à prova. Agora, passados 6 anos do seu nascimento, entendo porque não me contaram como seria. Não me contaram porque uma mãe aprende a ser mãe somente quando se torna uma. E não falo somente de gerar. Falo do amor que temos pelos nossos filhos, sendo eles gerados no nosso ventre ou não. Tenho certeza de que, mesmo se tivessem me contado tudo isso, ainda assim escolheria esse caminho de incertezas, aflições e de muitas realizações e aprendizados. Porque sim, nós aqui em casa aprendemos muito, todos os dias, com o nosso Lucca."
Andressa Rizzi, mãe do Lucca Rizzi Dannenhauer, 6 anos, nascido com 27 semanas.
“O que não me contaram sobre a maternidade? Que filho não te impede de fazer nada. Mas claro... tu precisa ser um tanto teimosa como eu e contar com pessoas especiais ao teu lado! Sempre me disseram que eu era muito nova para namorar, pra ser mãe e que também era teimosa. BEM teimosa. E por causa dessa teimosia, me esborrachava na infância, pegava recuperação por não estudar, fazia bobagem por não ouvir minha mãe e achava que as coisas só aconteciam pros outros. Aos 15 anos descobri que estava grávida do meu primeiro namoradinho. Meu mundo desabou e tudo mudou. Comecei a trabalhar aos 16 anos, estudava à noite, amamentava no intervalo da escola, passava a madrugada acordada trocando fraldas... e ao concluir o ensino médio, enquanto minhas amigas começaram suas faculdades, eu tinha outras prioridades e despesas na época. Tive de deixar de lado um sonho: a odontologia. Até prestei vestibular na capital (ñ existia esse curso na minha cidade),mas fui reprovada.
Cheguei a pensar que o tempo havia passado muito para insistir e que seria impossível fazer isso com um filho. Busquei outras alternativas, investi em cursos de engenharia, mecânica industrial e enquanto as amigas estavam indo para o mestrado, doutorado, MBA, eu estava onde? Grávida do meu segundo filho, uma menina chamada Isabella. Mesmo ouvindo de outras pessoas que não valia a pena, que eu não teria condições de pagar, que eu não ia conseguir, resolvi tentar novamente. Com o apoio do meu atual marido e da minha mãe me tornei dentista e especialista em prótese. Meus filhos me fizeram uma pessoa melhor e me ensinaram que nas dificuldades da vida, nos testamos e ficamos ainda mais resistentes e resilientes.”
Priscila Souza de Souza, mãe do Artur, 15 anos, e da Isabella, 8 anos.
"Ninguém me contou que nunca mais teria minha cozinha organizada; que eu viraria uma cantora famosa para pessoas especiais (sei cantar até hoje) e que fazer as unhas seria como um lindo dia de férias. Também brinco que nós mães viramos lixos orgânicos, pois só comemos restos de picolés, de frutas, de papinhas e outras coisinhas. Amo tudo isso!"
Magda Furlan, mãe do Franco de 11 anos e da Manoela de 09 anos
E pra você: O que não te contaram sobre a experiência de ser mãe? Conta pra gente!