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Contos de Natal pras Crianças

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Publicado em: 20/12/2023
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HO HO HO!
A magia do Natal está no ar!

Casa enfeitada, pinheirinhos iluminados e a criançada ansiosa pela chegada do bom velhinho!
Que tal aproveitar esse clima tão lúdico e fazer uma reflexão sobre os verdadeiros valores dessa data juntinho dos pequenos?
Então reúna a família, se aconcheguem e dividam a leitura desses lindos contos de Natal!

 

Lenda da Vela de Natal
Autor desconhecido

Era uma vez, um sapateiro pobre que vivia em uma cabana, perto de uma humilde aldeia. Como gostava de ajudar os viajantes que passavam junto à sua casa durante a noite, o sapateiro deixava uma vela acesa todas as noites na janela da casa, para lhes iluminar o caminho.
Certa altura, deu-se uma grande guerra que fez com que todos os jovens partissem, deixando a aldeia ainda mais pobre e triste. Ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, as pessoas da aldeia decidiram imitá-lo. E, na noite de véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas suas casas. Iluminando, assim, toda a aldeia.
À meia-noite os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas! Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia, acender uma vela na véspera de Natal tornou-se tradição em quase todas as casas.

 

História do sonho do Papai Noel
Autor: J. Letria

Certa noite, enquanto dormia, o Papai Noel teve um bonito sonho: era véspera de Natal e todos estavam felizes! Ninguém estava sozinho… Todos tinham família e uma casa com a mesa pronta para a ceia de Natal, onde não faltava comida farta e deliciosa. Não havia pobreza, nem ódio, nem guerras. Todos eram amigos e não havia brigas, palavrões, nem má educação… Havia sim, amor, compreensão e carinho entre todos.

As pessoas que se encontravam nas ruas a caminho de casa cantarolavam alegremente músicas de Natal, levando os últimos presentes para colocar debaixo do pinheiro. E o Papai Noel não conseguia deixar de sorrir, de tanta felicidade, ao ver o mundo cheio de paz, amor e harmonia!

No entanto, quando o Papai Noel acordou e viu que tudo não passava de um sonho, ficou muito triste. Afinal, só algumas pessoas no mundo eram felizes, capazes de celebrar o Natal em alegria e paz com os seus, de terem um lar, comida, roupa e amor. Perante esta situação, o Papai Noel declarou em voz alta: “terei de continuar a ajudar as crianças e os adultos a terem um Natal realmente feliz! Vou preparar as renas e o meu trenó, para enchê-lo com presentes e distribuí-los esta noite, de modo que, pelo menos uma vez por ano, haja alegria no coração de todos nós!”.

Então, quando viu os sorrisos das crianças e dos adultos ao receberem os seus presentes, o Papai Noel decidiu manter esta tradição. Continua assim, ano após ano, a cumprir a sua tarefa, até que um dia possa ver o seu lindo sonho totalmente concretizado!

 

Lenda do Pinheiro de Natal
Autor: Jean-Baptiste Poquelin Molière

Há muito, muito tempo, na noite de Natal, existiam três árvores junto do presépio: uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. Ao verem o Menino Jesus nascer, as três árvores quiseram oferecer-lhe um presente.
A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao Menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro, como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz.
As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro que nada tinha para dar ao Menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e enfeitando o pinheiro. Quando isto aconteceu, o Menino Jesus olhou para o pinheiro, levantou os braços e sorriu! Reza a lenda que foi assim que o pinheiro – sempre enfeitado com luzes – foi eleito a árvore típica de Natal.


 

Conto de Natal para Crianças
Autor: Charles Dickens

Ebenezer Scrooge era um empresário e seu único sócio havia morrido. Scrooge era uma pessoa de idade e sem amigos. Ele vivia em seu mundo e nada o desagradava mais do que o Natal. Dizia que era uma baboseira. Tinha uma rotina que fazia todos os dias: caminhar pelo mesmo lugar, sem que ninguém o parasse para cumprimentá-lo.

Era véspera de Natal e todo mundo estava ocupado comprando presentes e preparando a ceia. Scrooge estava em seu escritório, como sempre com a porta aberta, olhando seu escriturário, que passava umas cartas a limpo. De repente, chegou seu sobrinho lhe desejando feliz Natal, mas ele não aceitou de bom grado, pelo contrário, ao receber o convite para passar a noite de natal com eles, os desprezou dizendo que não passavam de baboseiras. Seu escriturário, chamado Bob Cratchit continuava trabalhando até tarde, mesmo sendo noite de Natal. Scrooge havia dito para que ele chegasse mais cedo do que de costume para repor o dia festivo.

Scrooge vivia em um edifício frio e fúnebre como ele. Quando já estava em seu quarto, algo muito interessante aconteceu: um fantasma apareceu a ele. Não havia dúvida de quem era aquela aparição, não dava para confundir, era seu sócio Jacobo Marley, que disse estar ali para fazê-lo repensar sobre como vivia, porque agora ele teria que sofrer a vida toda pelo que foi anteriormente. Disse-lhe que nas noites seguintes viriam 3 espíritos a visitá-lo.

Na primeira noite, o primeiro espírito chegou. Era o espírito dos natais passados, que o levou ao lugar onde ele havia crescido e lhe mostrou vários lugares e natais anteriores, quando ele trabalhava numa loja como aprendiz; outra ocasião quando estava num quarto só e triste e o fez lembrar-se da sua irmã, de quem gostava muito,

Na segunda noite, ele esperava o segundo espírito. Viu uma luz muito forte que vinha do outro quarto. Scrooge entrou nele. As paredes eram verdes e havia milhares de pratinhos de comida e um gigante com uma tocha resplandecente. Era o espírito dos natais presentes. Ambos se transportaram para o centro da cidade onde se via muito movimento, as lojas abertas e muita gente comprando coisas para a ceia de Natal. Depois o levou à casa de Bob Cratchit e viu sua família, como eram felizes apesar de tão pobres, e que seu pequeno filho Tim estava doente. Finalmente o levou à casa do seu sobrinho Fred, onde pode ver como gozavam e desfrutavam todos da noite de Natal comendo, rindo e brincando. Depois disso voltou ao seu quarto.

Na noite seguinte, esperava o último espírito, mas esse era escuro e não conseguiu ver a cara dele. Era o espírito dos natais futuros. Este lhe mostrou que as pessoas comentavam nas ruas que alguém havia morrido. Depois o levou a um lugar onde estavam algumas pessoas vendendo as posses desse senhor que tinha morrido, e também lhe mostrou a casa de seu empregado Bob, onde viu que seu filho menor havia morrido e que todos estavam muito tristes. Por último, o levou a ver o cadáver desse homem que estava em sua cama coberto com um lençol. Finalmente descobriu quem era o senhor que havia morrido... Era ele mesmo. Ebenezer Scrooge.

Quando ele acordou, se deu conta que tudo havia sido um sonho e que nesse dia era o dia de Natal. Levantou-se com muita alegria e disse para um rapaz que estava na rua para comprar um peru bem grande e levar à casa de Bob Cratchit. Saiu com suas melhores roupas, muito feliz porque podia mudar, e se dirigiu à casa do seu sobrinho. Ao chegar o saudou, disse a ele que tinha ido para lá comer e esteve com eles com muita alegria. No dia seguinte, logo de manhã, deu ao seu trabalhador um aumento. Desde então foi um bom homem, de quem todos gostavam e admiravam. O filho menor de Bob, o pequeno Tim, gritou contente: “E que Deus nos abençoe a todos!”

Fontes: Leiturinha | Guia Infantil | Cultura Genial

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